E depois daquele fim de tarde em frente ao mar, nada mais foi igual. Tudo saiu do lugar.
Ela sentia que algo diferente tomou conta dos seus dias, e o culpado era ele, o jeito dele.
Foi tudo tão natural. Um jeito de falar diferente de todos, calmo e claro, com um sotaque bom de ouvir.
Contou histórias, perguntou sobre ela e como eram os dias dela. E o vai e vem das ondas ali, embalando o que talvez fosse o início de alguma coisa, na vida daqueles dois.
Ambos esperam a chegada do verão e dos dias bonitos com a mesma ansiedade, medida da mesma forma que se mede o desejo que tem de uma família e de felicidade pra vida.
Falou sobre ele também, do que tem vivido e como o tem feito. E ela simplesmente se viu encantado com aquele jeito tão simples de ser.
E veio então o fim da tarde e a hora da despedida. Foi o melhor "até" que ela já tinha ouvido na vida, soou como algo bom, que seria até logo mesmo, e não até nunca.
Ela dormiu feliz.
- e disse ele, que: "quando menos se espera, aparece alguém e muda tudo"
Será você?
"Quando o dedo aponta a lua, o imbecil olha o dedo."
(Provérbio chinês)
(Provérbio chinês)
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
domingo, 4 de setembro de 2011
E não é paixão, é encantamento e só.
Atenciosamente,
Daniela
Por volta de
8:47 AM
0
Comentários
Marcadores:
amigo,
amor,
é,
mimimi e blábláblá,
você

sexta-feira, 1 de outubro de 2010
e seremos felizes :)
[...] There was a time that we'd stay up all night
Best friends talking till the daylight
Took the joys alongside the pain
With not much to loose, but so much to gain
Are you hearing me? Cause I don't wanna miss,
Set you a drift on memory bliss
It was Grafton Street on a rainy night
I was down on one knee and you were mine for life
We we're thinking we would never be apart
With your name tattooed across my heart
Who would have thought it would end up like this?
Where everything we talked about is gone
And the only chance we have of moving on
Is trying to take it back
Before it all went wrong
Before the worst, before we mend
Before our hearts decide
It's time to love again
Before too late, before too long
Let's try to take it back
Before it all went wrong.
(The Script)
Atenciosamente,
Daniela
Por volta de
2:16 AM
0
Comentários
Marcadores:
amor,
música,
tudo se ageita meu bem

domingo, 26 de setembro de 2010
a janela do canto. (parte II)
(Parte I)
O garoto ficou um tanto desapontado. Mas dentro de alguns minutos Fernanda retornou à sala para pegar suas coisas e dar uma ultima olhadinha na janela. Ele ainda estava lá, como ela desejava que ainda estivesse, mas com uma diferença, não mais sentado à mesa, mas recostado a janela olhando para ela. Ela ficou sem reação, as maçãs de seu rosto estavam coradas como nunca haviam ficado, as pernas tremiam e as mãos gelaram; ela definitivamente não sabia o que fazer. Então o menino acenou com um sorriso tímido no rosto, ela mais do que depressa respondeu, e retirou-se da janela. Deixou tudo de lado, correu para o seu quarto. Atirou-se na cama e ali permaneceu, olhando para o teto e tentando se convencer de que aquilo que aconteceu, realmente aconteceu, que era real.
João ficou sem entender muito bem a atitude da garota, e retornou ao seus livros.
:: Os dias se passaram e eles continuaram a se “encontrar” diariamente. Para ela tudo parecia um sonho, ela definitivamente sentia lago diferente por ele.
Certo dia, quando saía para ir até a padaria a pedido de sua mãe, Fernanda percebeu uma voz desconhecida que disse: “ei você, menina da casa da frente”. Ela sabia que era errado, mas imediatamente parou e virou-se para mirar mais de perto o seu amado – ela estava certa de que se tratava dele. Era de se admirar que fosse mesmo ele, pois de casa, ele só saia para ir à escola.
Ao ver aquele lindo sorriso vindo em sua direção, o coração dela pulsava a ponto de quase sair boca à fora, as pernas tremiam como da outra vez. O menino se aproximou, com aquele mesmo sorriso e parou na frente dela. “Oi” – disse ele, visivelmente tomado pela timidez. E ela respondeu da mesma forma. “Está indo pra onde?” – perguntou ele. “Comprar pães e biscoitos para o lanche da tarde” – respondeu. “E será que posso ir com você?” – indagou o garoto. Um silêncio tomou conta do espaço, e num impulso repentino ela diz que sim. Ele sorriu e foram. Foram calados, mudos, andando até a padaria. Ela entrou e ele disse que esperaria ali fora.
O garoto andava de um lado para o outro, numa ansiedade absurda; pois seua maior desejo era estar ali naquele lugar, a espera de seu anjo – era assim que ele pensava nela, como um anjo que cruzou seu caminho sem motivo real aparente -, mas ao mesmo tempo sabia que não podia e nem deveria se quer pensar nela, ou em qualquer outra garota, pois na sua concepção nunca poderia ser feliz com quem quer que fosse.
Dentro de alguns instantes a menina saiu, e ficou novamente surpresa, pois ele havia ficado ali lhe esperando. (Ela estava certa de que ele iria embora sem esperar) Então pegaram o caminho de casa, no mesmo silêncio da ida, que foi quebrado com uma pergunta bem simples: "Qual é mesmo a sua graça?" perguntou Fernanda. "João, e a sua é Amanda ou Fernanda, algo assim, certo?" - "É Fernanda, mas como sabe?" - indagou ela com um ar de desconfiança. "Já ouvi muitas vezes sua mãe lhe chamando lá dentro" - respondeu. "Ah sim, certamente foi assim mesmo que você descobriu, porque do jeito que mamãe fala baixinho, é dificil e quase impossivel de não ouvir quando ela nos chama lá em casa" - disse a menina já se rindo.
Outro assunto já estava por começar, quando um carro para próximo da calaçada ao lado dos dois. O vidro desce, e uma voz diz: "Vamos Fernanda, te levo pra casa" - era seu pai que tinha ido pagar umas contas e estava voltando para casa. "Vamos sim pai" - respondeu ela torcendo o nariz. "Até mais João, conversamos outro dia" - disse ela. "É, agente se fala sim, até logo Fernanda". Ela entrou no carro, e o menino ali ficou parado por alguns instantes e seguiu para casa, cabisbaixo.
O garoto ficou um tanto desapontado. Mas dentro de alguns minutos Fernanda retornou à sala para pegar suas coisas e dar uma ultima olhadinha na janela. Ele ainda estava lá, como ela desejava que ainda estivesse, mas com uma diferença, não mais sentado à mesa, mas recostado a janela olhando para ela. Ela ficou sem reação, as maçãs de seu rosto estavam coradas como nunca haviam ficado, as pernas tremiam e as mãos gelaram; ela definitivamente não sabia o que fazer. Então o menino acenou com um sorriso tímido no rosto, ela mais do que depressa respondeu, e retirou-se da janela. Deixou tudo de lado, correu para o seu quarto. Atirou-se na cama e ali permaneceu, olhando para o teto e tentando se convencer de que aquilo que aconteceu, realmente aconteceu, que era real.
João ficou sem entender muito bem a atitude da garota, e retornou ao seus livros.
:: Os dias se passaram e eles continuaram a se “encontrar” diariamente. Para ela tudo parecia um sonho, ela definitivamente sentia lago diferente por ele.
Certo dia, quando saía para ir até a padaria a pedido de sua mãe, Fernanda percebeu uma voz desconhecida que disse: “ei você, menina da casa da frente”. Ela sabia que era errado, mas imediatamente parou e virou-se para mirar mais de perto o seu amado – ela estava certa de que se tratava dele. Era de se admirar que fosse mesmo ele, pois de casa, ele só saia para ir à escola.
Ao ver aquele lindo sorriso vindo em sua direção, o coração dela pulsava a ponto de quase sair boca à fora, as pernas tremiam como da outra vez. O menino se aproximou, com aquele mesmo sorriso e parou na frente dela. “Oi” – disse ele, visivelmente tomado pela timidez. E ela respondeu da mesma forma. “Está indo pra onde?” – perguntou ele. “Comprar pães e biscoitos para o lanche da tarde” – respondeu. “E será que posso ir com você?” – indagou o garoto. Um silêncio tomou conta do espaço, e num impulso repentino ela diz que sim. Ele sorriu e foram. Foram calados, mudos, andando até a padaria. Ela entrou e ele disse que esperaria ali fora.
O garoto andava de um lado para o outro, numa ansiedade absurda; pois seua maior desejo era estar ali naquele lugar, a espera de seu anjo – era assim que ele pensava nela, como um anjo que cruzou seu caminho sem motivo real aparente -, mas ao mesmo tempo sabia que não podia e nem deveria se quer pensar nela, ou em qualquer outra garota, pois na sua concepção nunca poderia ser feliz com quem quer que fosse.
Dentro de alguns instantes a menina saiu, e ficou novamente surpresa, pois ele havia ficado ali lhe esperando. (Ela estava certa de que ele iria embora sem esperar) Então pegaram o caminho de casa, no mesmo silêncio da ida, que foi quebrado com uma pergunta bem simples: "Qual é mesmo a sua graça?" perguntou Fernanda. "João, e a sua é Amanda ou Fernanda, algo assim, certo?" - "É Fernanda, mas como sabe?" - indagou ela com um ar de desconfiança. "Já ouvi muitas vezes sua mãe lhe chamando lá dentro" - respondeu. "Ah sim, certamente foi assim mesmo que você descobriu, porque do jeito que mamãe fala baixinho, é dificil e quase impossivel de não ouvir quando ela nos chama lá em casa" - disse a menina já se rindo.
Outro assunto já estava por começar, quando um carro para próximo da calaçada ao lado dos dois. O vidro desce, e uma voz diz: "Vamos Fernanda, te levo pra casa" - era seu pai que tinha ido pagar umas contas e estava voltando para casa. "Vamos sim pai" - respondeu ela torcendo o nariz. "Até mais João, conversamos outro dia" - disse ela. "É, agente se fala sim, até logo Fernanda". Ela entrou no carro, e o menino ali ficou parado por alguns instantes e seguiu para casa, cabisbaixo.
Atenciosamente,
Daniela
Por volta de
11:42 PM
0
Comentários
Marcadores:
amor,
babaquice,
janela do canto

domingo, 19 de setembro de 2010
Toda tampa tem a sua panela (?)
Pra viver eu só preciso de você
Pra ser feliz eu só preciso te merecer
Pra ser melhor tem que acontecer de novo em outra vida
Pra não chorar, vou cuidar tanto desse amor
E se eu chorar, vai ser de saudade
Eu vou te ligar quando ela bater
Às 4 ou 5 da manhã
Falar que eu sou seu fã
E só liguei pra dizer:
Que a gente se encaixa
É a tampa e a panela
É a chama e a vela
É a cama e o colchão
E que o mal de quem ama é saudade
Você é a metade do meu coração
E que eu sou o amor da sua vida
Eu sou água doce pra você beber
E que eu quero ouvir da sua boca
Que você é louca por mim,
Como eu sou por você.
(Jorge e Mateus)
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Mesmo que me chames de burra, eu te amo.
Depois de tanto tempo vivido assim,eu mesma e mais ninguém, ha um porém, algo tá diferente.
Faz tempo que eu não era nada, nem meu coração eu ouvia direito, e nem minha esperança eu alimentava. Continuei a sorrir depois daquilo tudo que aconteceu, não por vontade, mas talvez por costume, por ser típico do meu jeito estranho de encarar a vidã. Tentei nunca demonstrar fraqueza ou dor, pois ambas eram minhas e diziam respeito à mim apenas e mais ninguém. Só que hoje, algo novo parece estar acontecendo aqui, em mim, no meu coração talvez. E o responsável por isso é você. É errado fantasiar demais e esperar coisas das pessoas, pois como disse são pessoas, humanas, e essas mudam e erram e acertam. Mas você, você impede que eu faça isso. Apareceu na minha vida do nada, sem que eu esperasse ou estivesse preparada e provocou essa confusão toda nos meus planos de continuar na minha confortável solidão. Não ha como evitar, é tua voz, teu jeito, teu sorriso, tuas palavras bonitinhas... Ai gente! Isso tudo e mais um pouco que me deixa assim, que me domina, que me leva pra longe. Tua presença deixa o sol mais radiante, a lua mais brilhante, a brisa mais leve, o dia mais bonito, minha alma mais leve, meu coração acelerado, o meu sorriso estampado, as coisas mais simples, tudo fica melhor. Sabe, sempre me fiz de forte, mas agora percebo que não consigo mais, sozinha eu caio, sem tua mão pra me apoiar. Acho que nunca nada/ninguém me fez sentir algo assim, forte e intenso como o que estou sentindo. Não devia dizer isso, eu sei, mas não me deixe e nem desapareça. Eu te quero bem e quero quero que você me queira também.
Só não sei direito o porque que pra alguns parece que essa minha alegria toda é algo incômodo? Tudo bem, sempre enchi a boca pra fala que até gostava de ser sozinha e que não acreditava e tava nem aí pra essa coisa de amor. Mas poxa, eu posso mudar, se eles podem eu posso também, não posso? Pode ser que isso não seja mais do que aquilo que chamam de paixão, que logo tudo ira passar, que esteja totalmente errada e blábláblá. Mas e daí? Se tudo der em nada, a dor mais uma vez será minha e ponto. Portanto se não for exigir demais, me deixa ser feliz agora tá. Obrigada (:
Faz tempo que eu não era nada, nem meu coração eu ouvia direito, e nem minha esperança eu alimentava. Continuei a sorrir depois daquilo tudo que aconteceu, não por vontade, mas talvez por costume, por ser típico do meu jeito estranho de encarar a vidã. Tentei nunca demonstrar fraqueza ou dor, pois ambas eram minhas e diziam respeito à mim apenas e mais ninguém. Só que hoje, algo novo parece estar acontecendo aqui, em mim, no meu coração talvez. E o responsável por isso é você. É errado fantasiar demais e esperar coisas das pessoas, pois como disse são pessoas, humanas, e essas mudam e erram e acertam. Mas você, você impede que eu faça isso. Apareceu na minha vida do nada, sem que eu esperasse ou estivesse preparada e provocou essa confusão toda nos meus planos de continuar na minha confortável solidão. Não ha como evitar, é tua voz, teu jeito, teu sorriso, tuas palavras bonitinhas... Ai gente! Isso tudo e mais um pouco que me deixa assim, que me domina, que me leva pra longe. Tua presença deixa o sol mais radiante, a lua mais brilhante, a brisa mais leve, o dia mais bonito, minha alma mais leve, meu coração acelerado, o meu sorriso estampado, as coisas mais simples, tudo fica melhor. Sabe, sempre me fiz de forte, mas agora percebo que não consigo mais, sozinha eu caio, sem tua mão pra me apoiar. Acho que nunca nada/ninguém me fez sentir algo assim, forte e intenso como o que estou sentindo. Não devia dizer isso, eu sei, mas não me deixe e nem desapareça. Eu te quero bem e quero quero que você me queira também.
Só não sei direito o porque que pra alguns parece que essa minha alegria toda é algo incômodo? Tudo bem, sempre enchi a boca pra fala que até gostava de ser sozinha e que não acreditava e tava nem aí pra essa coisa de amor. Mas poxa, eu posso mudar, se eles podem eu posso também, não posso? Pode ser que isso não seja mais do que aquilo que chamam de paixão, que logo tudo ira passar, que esteja totalmente errada e blábláblá. Mas e daí? Se tudo der em nada, a dor mais uma vez será minha e ponto. Portanto se não for exigir demais, me deixa ser feliz agora tá. Obrigada (:
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
a janela do canto.
Sua rotina era a mesma a alguns meses, baseada na dele. Todos os dias ela subia as escadas que levavam até o andar de cima da casa, levando consigo os livros e cadernos do colégio, sem esquecer do celular e os fones de ouvido. Pro escritório, - sim eles tinham um em casa, o pai tinha arrumado para si anos atrás quando sonhava com a carreira de sucesso como corretor de seguros, esta que foi por água'baixo em menos de ano - era pra lá que a menina ia, todas as tardes com o intuito de estudar em paz longe da baderna que os gêmeos faziam; assim pensava a mãe. Mas para a pequena menina dos olhos cor de mel, não era só isso.
:: Na casa azul que ficava quase em frente, morava uma familia muito estranha e agitada. O único 'normal' de lá era o filho do meio, João. Menino calado, dono de um sorriso lindo mas que poucos tiveram a chance de poder ver, empenhado e estudioso, motivo pelo qual era tirado pra bobo pelos irmãos e pais.
Passava as tardes sentado numa mesa colocada ao pé da janela no pouco espaço que havia em meio a desordem da casa. Lá ele se sentia bem; perto de seus livros, no seu mundo proprio.
:: Os ultimos dias tinham sido de chuva e frio intenso. Fernanda, a menina dos olhos de mel, seguia seu ritual diário de todas as tardes. Em mais uma dessas tardes frias, subiu as escadas com o material de estudo, adentrou a sala - o escritorio na verdade - encostou a porta, jogou as coisas na mesa e correu pra janela. A janela do canto; a janela que dava pra rua em frente; a janela de onde se via o interior da casa azul. Era o melhor e o passatempoperferido da pequena: ficar ali durante minutos, horas, a tarde toda talvez, a observar e admirar o menino dos cabelos negros que morava na casa vizinha. Este que era o inspirador dos contos todos que escrevia.
Esse era o motivo da escolha daquela sala para local de seu estudo. Era a melhor maneira de alimentar o amor que sentia pelo menino misterioso, sem que a timidez o medo e nem ninguém atrapalhasse. E também, sem que ele de tudo soubesse. Aquilo fazia bem a ela, aquele amor que ela sentia, mesmo sem nunca ter sido correspondido, acalentava seu coração.
Como em todos os dias, ele lá estava; os cabelos negros, a pele branca contrastando com o moletom vermelho que vestia. Um certo tempo da observação havia se passado, quando a menina ouve passos na escada. Sua primeira reação foi um misto de desespero, medo e angustia, por ter que sair dali ou por estar ali. Rapidamente levantou da poltrona que lhe servia de 'observatório' e correu para a mesa, espalhando a abrindo alguns livros, de maneira que convencesse que aquele era um momento de estudo mesmo, se necessário fosse. Assim que se sentou na cadeira, algo ou alguém pegou na maçaneta da porta e a mesma abriu: era sua mãe para dizer que Isabel estava ao telefone a sua espera; e logo retirou-se.
Um certo ar de alivio ocupou o lugar, e ela ainda trêmula com o ocorrido, levantou-se e foi atender a amiga.
Mal sabia ela que no instante em que deixou a janela, deixou também o menino da casa azul, que dirigiu o corpo e o olhar a janela naquele exato instante, com o desejo de poder mirar mais de perto, os detalhes da admiradora que acabara de descobrir que tinha.
:: Na casa azul que ficava quase em frente, morava uma familia muito estranha e agitada. O único 'normal' de lá era o filho do meio, João. Menino calado, dono de um sorriso lindo mas que poucos tiveram a chance de poder ver, empenhado e estudioso, motivo pelo qual era tirado pra bobo pelos irmãos e pais.
Passava as tardes sentado numa mesa colocada ao pé da janela no pouco espaço que havia em meio a desordem da casa. Lá ele se sentia bem; perto de seus livros, no seu mundo proprio.
:: Os ultimos dias tinham sido de chuva e frio intenso. Fernanda, a menina dos olhos de mel, seguia seu ritual diário de todas as tardes. Em mais uma dessas tardes frias, subiu as escadas com o material de estudo, adentrou a sala - o escritorio na verdade - encostou a porta, jogou as coisas na mesa e correu pra janela. A janela do canto; a janela que dava pra rua em frente; a janela de onde se via o interior da casa azul. Era o melhor e o passatempoperferido da pequena: ficar ali durante minutos, horas, a tarde toda talvez, a observar e admirar o menino dos cabelos negros que morava na casa vizinha. Este que era o inspirador dos contos todos que escrevia.
Esse era o motivo da escolha daquela sala para local de seu estudo. Era a melhor maneira de alimentar o amor que sentia pelo menino misterioso, sem que a timidez o medo e nem ninguém atrapalhasse. E também, sem que ele de tudo soubesse. Aquilo fazia bem a ela, aquele amor que ela sentia, mesmo sem nunca ter sido correspondido, acalentava seu coração.
Como em todos os dias, ele lá estava; os cabelos negros, a pele branca contrastando com o moletom vermelho que vestia. Um certo tempo da observação havia se passado, quando a menina ouve passos na escada. Sua primeira reação foi um misto de desespero, medo e angustia, por ter que sair dali ou por estar ali. Rapidamente levantou da poltrona que lhe servia de 'observatório' e correu para a mesa, espalhando a abrindo alguns livros, de maneira que convencesse que aquele era um momento de estudo mesmo, se necessário fosse. Assim que se sentou na cadeira, algo ou alguém pegou na maçaneta da porta e a mesma abriu: era sua mãe para dizer que Isabel estava ao telefone a sua espera; e logo retirou-se.
Um certo ar de alivio ocupou o lugar, e ela ainda trêmula com o ocorrido, levantou-se e foi atender a amiga.
Mal sabia ela que no instante em que deixou a janela, deixou também o menino da casa azul, que dirigiu o corpo e o olhar a janela naquele exato instante, com o desejo de poder mirar mais de perto, os detalhes da admiradora que acabara de descobrir que tinha.
Atenciosamente,
Daniela
Por volta de
3:57 PM
2
Comentários
Marcadores:
amor,
babaquice,
janela do canto,
sem sono,
sono,
vizinho

segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Ela mais uma vez
Ah cara, não sei o porque desse tipo de coisa acontecer, e acontecer aparentemente SÓ comigo.
Óquei, explico. Mais uma vez ela, a vida, me passou uma rasteira, me puxou o tapete. Será que é tão dificil de fazer com que as pessoas que eu convivo e amo, fiquem por um tempo maior ao meu lado? As encontro e em pouco tempo se vão pra longe de mim. Dae vem um qualquer ai e diz, 'ah são coisas da vida e mudanças acontecem e blábláblá'. FALAR É FÁCIL.
...
Estas palavras aqui não são pra alimentar o teu ego, te deixar feliz ou te fazer sorrir - caso isso aconteça será consequencia. Talvez não tenha demonstrado isso neste pouco tempo de 'convivência' que tivemos, mas queria que você soubesse que vou sentir muito a tua falta, pelo que você representa pra mim, pela importância que passou a ter nos meus dias. Cada conversa - tanto as inteligentes, sérias e inocentes quanto as idiotas, fúteis e pervertidas -, cada conselho, cada sorriso, as músicas, as mensagens, tudo vai ficar pra sempre. Superamos a fossa juntos, um amparando o outro, dividimos grandes tristezas e alegrias tão grandes quanto. Brigamos - ou quase - por várias vezes, e você sabe que a culpa foi tua. Os apelidos que tu me botou, as gurias que tu me mostrava esperando que eu achasse os defeitos, pra depois você vim dizer que eu morria de ciúmes. Aquela vez que você me ligou pra nada aueihauieaheuiaoheauio voz de locutor de FM. As vezes que eu corrigia o teu ótimo português #eusômá As fotos mais bizarras e as confidências mais cabulosas e comprometedoras.
É tanta coisa, mas não convem escrever tudo aqui.
Isso é só um pouquinhozinhozinho das tantas coisas que agente passou; mas que já servem pra provar que amizades verdadeiras podem existir e existem - mesmo que seja porcaria de tela fria de um computador. E tô certa de que a nossa é uma dessas, pra vida toda. Agora só posso te desejar toda a felicidade que há nesse mundo nessa tua nova vida nova aí em Aratiba (é né?). E te pedir, se não for muito encômodo é claro, que você não me esqueça e que me procure sempre que precisar.
Nunca disse isso, pelo meu jeito calado em relação a sentimentos, mas saiba que te amo Edenilson de Oliveira Thomé.
PS: Ei, você tem lápis de cor? (66'
Óquei, explico. Mais uma vez ela, a vida, me passou uma rasteira, me puxou o tapete. Será que é tão dificil de fazer com que as pessoas que eu convivo e amo, fiquem por um tempo maior ao meu lado? As encontro e em pouco tempo se vão pra longe de mim. Dae vem um qualquer ai e diz, 'ah são coisas da vida e mudanças acontecem e blábláblá'. FALAR É FÁCIL.
...
Eu tenho que me acostumar
Os dias irão surgir
O sol irá brilhar
Aqui
(Reação em Cadeia)
É tanta coisa, mas não convem escrever tudo aqui.
Isso é só um pouquinhozinhozinho das tantas coisas que agente passou; mas que já servem pra provar que amizades verdadeiras podem existir e existem - mesmo que seja porcaria de tela fria de um computador. E tô certa de que a nossa é uma dessas, pra vida toda. Agora só posso te desejar toda a felicidade que há nesse mundo nessa tua nova vida nova aí em Aratiba (é né?). E te pedir, se não for muito encômodo é claro, que você não me esqueça e que me procure sempre que precisar.
Nunca disse isso, pelo meu jeito calado em relação a sentimentos, mas saiba que te amo Edenilson de Oliveira Thomé.
PS: Ei, você tem lápis de cor? (66'
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Da minha ânsia
Meus pensamentos são volúveis demais. Não sei mais o que pensar sobre isso, sobre nossa história - se é que tivemos uma.
Entre todas as que me assombram a mente, a ideia que vem a convencer de vez, é a de que tudo na verdade não passou de uma desmedida ilusão. - Porém uma ilusão tão complacente, que se possivel gostaria de viver dela pra sempre. Mas não vou culpar-te por isso, de forma alguma. Se há culpado, este certamente sou eu. Em verdade, esperei demais de quem não poderia dar-me sequer a metade do que merecia. Sonhei mais alto do que devia, e você não se deu ao trabalho de segurar-me no chão. Alimentei coisas que deveriam ser deixadas morrer à mingua. Deveras, não sei a forma correta de se lidar com essas coisas de amor e coração.
Entre todas as que me assombram a mente, a ideia que vem a convencer de vez, é a de que tudo na verdade não passou de uma desmedida ilusão. - Porém uma ilusão tão complacente, que se possivel gostaria de viver dela pra sempre. Mas não vou culpar-te por isso, de forma alguma. Se há culpado, este certamente sou eu. Em verdade, esperei demais de quem não poderia dar-me sequer a metade do que merecia. Sonhei mais alto do que devia, e você não se deu ao trabalho de segurar-me no chão. Alimentei coisas que deveriam ser deixadas morrer à mingua. Deveras, não sei a forma correta de se lidar com essas coisas de amor e coração.
terça-feira, 27 de julho de 2010
É pra você que está aí, tão longe.
![]() |
glogster.com |
6 meses
Hey Monday
Composição: Cassadee Pope
You're the direction I follow
To get home
When I feel like I can't go on
You tell me to go
And it's like I can't feel a thing
Without you around
And don't mind me if I get weak in the knees
Cause you have that effect on me
You do
Everything you say
Everytime we kiss I can't think straight
But I'm ok
And I can't think of anybody else
Who I hate to miss as much as I hate missing you
Months are going strong now, and no goodbye
Unconditional, unoriginal, always by my side
Meant to be together, made for no one but each other
You love me, I love you harder, so
Everything you say
Everytime we kiss I can't think straight
But I'm ok
And I can't think of anybody else
Who I hate to miss as much as I hate missing you
So please, give me your hand
So please, give me your lesson on how to steal
Steal a heart, as fast as you stole mine
As you stole mine
Everything you say
Everytime we kiss I can't think straight
But I'm ok
And I can't think of anybody else
Who I hate to miss as much as I hate missing you
So please, give me your hand
So please, just take my hand
domingo, 25 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
tudo volta a ser como era
Obs.: Vai ser patético, mas se faz necessário.
Assim, fiquei/tô tãaoabobada feliz que nem a chuva de ontem que resolveu cair 5 minutos antes de eu botar os pés em casa me ensopando toda, conseguiu me irritar.
Acho que nem lembrava mais como era com acordar com o TEU bom dia!
Que sentia tua falta, ah, disso eu sabia; mas não sabia que era tão grande essa falta. Estava certa de que ia ser diferente com agente, que eu não ia mais ter você comigo, pra dividir as idiotices e a tua voz pra doce que resolve tudo. Mas não, voltou tudo (ou quase) ao normal e ainda tenho meu MELHOR amigo *-*
Óquei, te peço desculpas mais uma vez, já me redimi, concordo e admito que errei (sim pessoas, mais uma vez a culpa foi minha). Isso tudo fez perceber, que não é qualquer coisinha à toa que destrói uma sentimento como o nosso: uma baita amizade pra lá de verdadeira.
Não quero prolongar muito este momento (how?), porque não quero chorar, tô de maquiagem.
Tais já de cabelos brancos de tanto ouvir, (e essas coisas são um tanto quanto clichês) mas pela 15876255495ª (?) vez vou repetir que te considero muito, que és importantíssimo pra mim, que viver sem você por 'perto' é horrível, que és o meu MELHOR amigo. E tem mais, digo sem medo ou receio algum que te AMO cara.
PS.: Vai, me esgana agora Dani-Boy auieaiheiaheiuaheiuah ♥
Assim, fiquei/tô tãao
Acho que nem lembrava mais como era com acordar com o TEU bom dia!
Que sentia tua falta, ah, disso eu sabia; mas não sabia que era tão grande essa falta. Estava certa de que ia ser diferente com agente, que eu não ia mais ter você comigo, pra dividir as idiotices e a tua voz pra doce que resolve tudo. Mas não, voltou tudo (ou quase) ao normal e ainda tenho meu MELHOR amigo *-*
Óquei, te peço desculpas mais uma vez, já me redimi, concordo e admito que errei (sim pessoas, mais uma vez a culpa foi minha). Isso tudo fez perceber, que não é qualquer coisinha à toa que destrói uma sentimento como o nosso: uma baita amizade pra lá de verdadeira.
Não quero prolongar muito este momento (how?), porque não quero chorar, tô de maquiagem.
Tais já de cabelos brancos de tanto ouvir, (e essas coisas são um tanto quanto clichês) mas pela 15876255495ª (?) vez vou repetir que te considero muito, que és importantíssimo pra mim, que viver sem você por 'perto' é horrível, que és o meu MELHOR amigo. E tem mais, digo sem medo ou receio algum que te AMO cara.
♫ Foi você
Que fez meu mundo desandar
E me perder ao te encontrar
Se conto as horas pra te convencer
Que é você
E não me importa mais ninguém
Pra te ter vou mais além
Que nada vai tirar você de mim ♫
(Fresno)
PS.: Vai, me esgana agora Dani-Boy auieaiheiaheiuaheiuah ♥
quinta-feira, 22 de julho de 2010
.
Não sei ao certo o que você pensa, óquei; mas meu excêntrico e singular órgão pensante, me diz que caras como você devem ser maltratados e humilhados até o último fiozito de cabelo, usados como brinquedo, e esnobados ao extremo. E é isso que eu realmente queria: te ter aos meus pés, fazer-te de gato&sapato, um mísero escravinho. Mas tenho também um órgão pulsante no peito. E este, ah, este é que não me deixa! Permite apenas que lhe olhe de longe, aprecie teu sorriso e o brilhar dos teus olhos de mel; e assim escreva em instantes, mesmo que por linhas tortas e invisíveis, a mais bela e pura história de contos de fada que já se viu, tendo você como personagem principal.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Deve-se a ele
![]() |
Google |
Pansava que não, mas pude comprovar que, somente ELE, o querido tempo, pode nos botar nos trilhos de novo depois que um tombo deles nos tira. As desilusões vem para o bem, para ensinar; mas antes que se possa aprender com elas, enfrentarás primeiro a dor, o sofrimento. O mundo congela, não gira mais. Planos novos tornam-se coisas fúteis, sem sentido. Se alguem se aproxima é provavel que seja por pena. Sentimo-nos inúteis, frustrados, incapazes, descrença total em tudo.
Esse estado só muda, depois que ele (tempo) age, e mostra que nem tudo está perdido, que temos uma nova chance e que pode diferente. Mas isso só acontece, quando
Foi isso que fiz sabe, chega de choramingar por imbecilidades, acredito em mim, e sei que serei capaz de reverter tudo a meu favor; senti falta da pessoa que eu era, e tomei essa decisão; certamente vou viver melhor SEM você.
- Quando vier te visitar o desencanto, lembre-se de como era, sinta saudade de você, junte os cacos e recomece. Felicidade se alcança por mérito próprio, ninguém pode dá-la a ninguém.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Quando me encontro só, tua ausência consome pouco a pouco tudo que há em volta. Sinto-me totalmente desprotegida e vulnerável em meio a terrivel tempestade que é o mundo. Pensar na distância, faz as coisas perderem o sentido, vai-se o chão sob os pés. Já se estás perto, tua presença trás alento, a tempestade é apenas brisa, e o mundo é todo calmaria.
É por isso, te quero bem. Porque você me faz bem.
É por isso, te quero bem. Porque você me faz bem.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Pra você.
Por mais que o coração queira, os olhos se negam a derramar se quer uma única lágrima. Por mais que o coração implore, meus passos seguem qualquer rumo, menos aquele que leva até você. Por mais alto que o pobre coração grite, é pouco ainda pra fazer com que a razão o ouça. Porque é ela, e unicamente por ela que desisti, ou melhor, não desisti, percebi que é inútil persistir pra sofrer ainda mais. É fato que as noites agora são mais longas. Algo me impede, não consigo mais fazer promessas. Dia pós dia, o vazio que ficou se torna maior e não se deixa preencher. Agrada-me sentir frio e prefiro estar sozinho. Porém ao mesmo tempo, não quero esse dia a dia. Mas confio no tempo, afinal dizem ser ele o senhor da razão. Sendo assim, entrego-lhe as cartas e todas as minhas fichas, vou ser forte, e deixo tudo em suas mãos, meu caro amigo Tempo.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
E foi assim
De longe ela o avistou, certa de que era ele
De começo ele não a viu direito, não sabia ao certo quem era
Foram ficando mais próximos, e o coração dela batia mais forte/rápido
O dele talvez tenha mudado de rítmo também
Enquanto passava, ela fixa seus olhos nele
Ele quase não a vê, e quando vê, seu semblante torna-se um misto de espanto, felicidade e satisfação
E assim seguiram, cada um o seu caminho naquele fim de tarde
Mas antes que a noite chegasse de vez, um novo encontro entre eles
Ele passa, quase para e é nela que seus olhos vidram
Ela, com o coração a ponto de explodir, apenas olha, e sorri :)
Atenciosamente,
Daniela
Por volta de
7:19 PM
0
Comentários
Marcadores:
amor,
feliizcidade,
fim,
sábado

sexta-feira, 2 de julho de 2010
O Hexa?
Não foi dessa vez :(
Depois disso tudo, só me fica uma dúvida; quantos desses 'brasileiros' que torciam tânto pelo tal Hexa, vão continuar a demonstrar esse amor pela nação, quantos deles vão deixar as bandeiras nas sacadas, nos carros, e as camisas fora do armario...
Isso é o mais engraçado numa Copa do Mundo, todos são torcedores, todos amam a camisa, choram e esperneiam, mas é só algo não sair bem como o planejado, que a população de 'brasileiros' parece diminuir pela metade. Não é assim minha gente; perdeu perdeu, bola pra frente. É um jogo, não esqueçamos disso, e no jogo infelizmente apenas um pode ganhar. Não tenhamos vergonha, ergueremos a cabeça, e que venha 2014 então!
Ou só são brasileiros de fato em época de Copa, e somente se o Brasil vencer?
Valeu Brasil! (Y)
Assinar:
Postagens (Atom)